quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Idade Dourada de Tula
















Com Quetzalcóatl teve inicio toda a linhagem das artes, tudo o que é técnica. Erguidas estavam as casas: uma era de esmeraldas, outra-era de ouro, outra de conchas vermelhas e outra de caracóis.
Havia uma casa de turquesa e outra de penas de quetzal. Ali tudo era riqueza: fino e rico o que se comia, toda classe de sustento. Dizem que as abóboras eram imensas, tal que sua circunferência era de quatro braçadas, algumas de forma esférica.
E as espigas de milho eram tão longas como um pilão de moer e era necessário abraçá-las com os dois braços. Também ali se produziam variadas formas de algodão: vermelho, amarelo, rosado, violeta, verde-claro, azul, verde-escuro, alaranjado, acinzentado, purpurino. Todo esse algodão nascia assim tingido. Ninguém os tingia.
Nunca os moradores de Tula sofreram necessidade: sempre foram felizes e prósperos. Nada fazia falta em suas casas. As espiguinhas do milho que ficavam atrofiadas e não cresciam, somente lhes serviam para aquecer os banhos.


(poema histórico asteca. Traduzido por Garibay apud Djalma Sayão Lobato in A civilização Asteca, Ed. Hemus)



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